Quando estudei no segundo grau – Decoração, tive uma professora que era apaixonada por iluminação… Descobri em alguns anos depois que ela deixou o ensino e a arquitetura e passou a fazer cenários de teatro, mudando-se para o Rio de Janeiro. Naquela época, acreditei nela, quando ela nos dizia que “tudo é luz em decoração” – Não precisa colocar cores e sim texturas e iluminação adequada para dar qualquer efeito que se queira.
Ao ver essa imagem, lembrei disso e de quanto ela foi importante em minha paixão por texturas e luzes indiretas. Uma frase sua era a pergunta – Porque a luz tem que vir de cima??? Ela queria que repensássemos isso e queria que tirássemos as iluminações de cima – “Nos quartos, a coisa mais desagradável que tem é a luz na cara”… (frase sua) Fazíamos projetos para destruir paradigmas de luz de cima…
Realmente, um quarto de bebê assim, com texturas e luzes direcionadas a pontos específicos – fazem uma criança dormir tranquilamente, sem a “extrema excitação de multicor e luz” que gritam a qualquer um para ficar acordado. Vamos deixar os estímulos para quando o bebê estiver na sala de brincar. Menos, muito menos… É o máximo!




Que bacana essa memória da sua professora de segundo grau e a influência dela na sua percepção de decoração! A ideia de que “tudo é luz” e que as texturas, combinadas com uma iluminação pensada, podem criar qualquer efeito é muito poderosa. É interessante como a paixão dela por luz a levou da arquitetura para cenografia no Rio – faz todo o sentido, pensando na importância da luz para criar atmosferas. Confesso que a gente tende a focar mais nas cores, e essa perspectiva realmente abre a cabeça para o potencial da luz indireta.
A aplicação dessa filosofia para um quarto de bebê minimalista e tranquilo é um ponto muito válido. A sua crítica à “luz na cara” e à “extrema excitação de multicor e luz” que acaba deixando os pequenos mais agitados faz todo o sentido, especialmente em um ambiente que deveria ser de descanso. Gosto da ideia de priorizar o conforto e a calma com texturas e luzes direcionadas para pontos específicos. É um lembrete importante de que menos pode, sim, ser mais quando o objetivo é criar um refúgio para o bebê.
Que legal a sua lembrança da professora de decoração! É muito interessante como uma boa aula ou um mentor podem mudar a nossa forma de ver as coisas. A ideia de que “tudo é luz em decoração” e a provocação dela, “Porque a luz tem que vir de cima???”, realmente fazem a gente repensar o design de interiores, especialmente em ambientes tão importantes como um quarto de bebê.
Concordo plenamente com a ideia de priorizar texturas e iluminação indireta para criar um ambiente mais acolhedor e propício ao sono dos pequenos. A distinção entre “estímulos para a sala de brincar” e a tranquilidade do quarto faz muito sentido, evitando a “extrema excitação de multicor e luz”. Talvez o desafio maior seja equilibrar essa busca por um ambiente sereno com a necessidade de alguma funcionalidade prática, como uma luz mais forte pontual para a troca de fraldas ou leitura, que pode ser facilmente controlada e suavizada quando não necessária.