Museu Histórico Visconde de São Leopoldo

Postado por

A imigração alemã começou em São Leopoldo em 25.7.1824 com a chegada da primeira leva de imigrantes e, como resultado, veio a denominação de Berço da Imigração Alemã. Eram 39 pessoas que vieram contratadas pelo Governo Imperial de D. Pedro I e foram localizados na Real Feitoria do Linho-Cânhamo, às margens do rio dos Sinos. Eles eram colonos e artesãos oriundos dos trabalhos realizados na Alemanha desde a Idade Média. Com esses artesãos- Schmidt/ferreiro; Gerber/curtidor; Schuster/sapateiro; Müller/moleiro e tantos outros, nasceu a industrialização e, por isso, o Vale do Rio dos Sinos é conhecido como região industrial.

Na parte cultural podemos destacar as escolas espalhadas pelas picadas com o que o analfabetismo sempre foi menor na colônia alemã. Também as Sociedades de Canto, de Atiradores e de Ginástica são uma bela herança imigrantista. No terreno religioso cabe citar a vinda de evangélicos luteranos que foram a maioria entre os imigrantes. Esta síntese dá uma idéia da presença alemã no Rio Grande do Sul.

Para guardar essa notável história foi fundado em 20.9.1959 o primeiro museu dedicado ao assunto aqui referido: o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. O idealizador do Museu foi o Prof. Telmo Lauro Müller e de sua fundação participaram dez municípios que receberam o calor da presença alemã: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Taquara, Rolante, Montenegro, São Sebastião do Caí, Feliz e Nova Petrópolis.

O Museu é uma entidade cultural privada, sem fins lucrativos, mantido por uma associação de amigos e a diretoria tem mandato de 2 anos. Seu acervo é formado por louças, móveis, instrumentos musicais, bandeiras de antigas sociedades, medalhas, alvos do tiro-ao-alvo, móveis, livros, jornais, documentos, fotografias.

O Museu foi fundado para salvar do esquecimento, da perda e da destruição, objetos, livros, cartas, jornais, documentos e outros elementos que se refiram à história da imigração e colonização alemãs. Os imigrantes alemães vêm ajudando a construir, desde 1824, a história desse Estado. São contribuições na cultura, arquitetura, política e nas diversas áreas que compõem o cenário em que hoje vivemos. E toda essa história de trabalho e integração está reunida aqui. O Museu Histórico Visconde de São Leopoldo é resultado da vontade e do orgulho de todos os descendentes germânicos que se concentram no Vale do Sinos, berço da imigração. Fundado em 20 de setembro de 1959, o acervo de nosso museu conta a saga de um povo que, com força e coragem, ajudou a fazer do Rio Grande do Sul um lugar ainda melhor.

Fonte: Museu Histórico Visconde de São Leopoldo

Comentários (2)

  1. É muito interessante e esclarecedor ler sobre a história da imigração alemã em São Leopoldo, especialmente como o artigo detalha o início em 25 de julho de 1824 e a chegada dos primeiros colonos. Gostei de ver como foi ressaltada a contribuição desses artesãos, como o Schmidt e o Schuster, que foram essenciais para o desenvolvimento industrial da região do Vale do Rio dos Sinos, e também a menção às escolas e sociedades de canto, que mostram a riqueza cultural trazida desde o começo. O Museu Histórico Visconde de São Leopoldo surge, de fato, como um guardião crucial dessa memória tão rica.

    Achei muito bacana que a fundação do museu em 1959 tenha tido o envolvimento de dez municípios, mostrando a amplitude da influência germânica e o esforço coletivo para preservar essa história. O fato de ser uma entidade privada, mantida por amigos, reforça o compromisso da comunidade. O acervo, com louças, instrumentos musicais e documentos, dá uma boa ideia do quão diversificado é o material que eles salvam do esquecimento. Penso que é fundamental que essa história, de trabalho e integração que os descendentes germânicos ajudaram a construir no Rio Grande do Sul, continue sendo valorizada e acessível, e o museu cumpre um papel excepcional nesse sentido, honrando a “vontade e o orgulho” da comunidade.

  2. É muito interessante ler essa síntese sobre a história da imigração alemã e a criação do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. Fica bem claro o impacto desses primeiros 39 imigrantes que chegaram em 1824, transformando a região do Vale do Rio dos Sinos, não só com a industrialização trazida pelos artesãos como ferreiros e sapateiros, mas também com a força cultural das escolas e sociedades de canto e ginástica. É notável como um grupo relativamente pequeno conseguiu deixar um legado tão forte, sendo de fato o “Berço da Imigração Alemã” no Rio Grande do Sul.

    A iniciativa de fundar o museu em 1959, idealizado pelo Prof. Telmo Lauro Müller e com o apoio de tantos municípios da região, demonstra um cuidado fundamental em preservar essa memória. A ideia de “salvar do esquecimento, da perda e da destruição” objetos, documentos e fotos é super importante para que as novas gerações entendam as raízes do estado. Talvez, para além de apenas salvaguardar o acervo, pudesse ser explorado como o museu interage ativamente com a comunidade hoje, para manter ainda mais viva a “saga de um povo” mencionada no texto. É um trabalho valioso que certamente ajuda a contar essa parte essencial da formação do Rio Grande do Sul.

Deixe um comentário para Benicio Cavalcante Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *